a grade e os degraus de cada rua
sem suas costas ao redor
das quais eu passaria o braço
caso você
não estivesse num bairro qualquer de São Paulo
tomando um chope e falando sobre
lei rouanet buenos aires deleuze dois mil e quarenta e seis
paulistas e pastéis de porre
japonesas e dreadlocks e cartunistas quem sabe o Angeli
deitado sobre os próprios braços numa mesa ao fundo
e um senhor de terno
que vem aqui toda noite
sempre na mesma mesa
às quatro e meia da manhã
e quilômetros e quilômetros
de distância
sou só mais um entre
os seis milhões de gatos pingados
desta cidade em que já não tem a menor graça
assistir ao novo filme do wong kar wai
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7 comentários:
olha que esse expresso deu onda, postei lá na janela depois de passar por aqui, olha lá depois!
bjo
amores não expressos
são paulo sempre expressa
o filme do wong kar way interrompido
por um chopp pra esquecer a falta
do ombro pra passar o braço em volta
lindo, greg, queria saber escrever poemas...
...
tb achei bem chato o filme, zé carvalho adorou, ha... e nem foi coincidência, escrevi depois de ler o seu mesmo.
És tu, filho de Odisseu, tu, o Telêmanco
Um café expresso? Não, um mancuccino.
olha aí: os três manqueteiros...
Rua Caio Manco,
passo lá no blog e lê os dois útlimos posts. vc contribuiu.
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