Rua Caio Mario

27.8.09

baía de guanabara

a baía de guanabara é uma sopa de óleo
diesel detritos ferramentas sal de lágrimas
e a saudade dos que já partiram – quando
atingimos seu vórtice devemos jogar anéis
cinzas e outros restos mortais de uma pessoa
a ser engolida pelos deuses subaquáticos
pois para isso cariocas fomos feitos – para
salgar esse imenso caldo que nos banha.

9 comentários:

pat werner disse...

giro em saudade de uma margem, cujo odor salga a alma do carioca.

Mônica Meira disse...

Excelente poema !
=*

Gy Boechat disse...

que belo.

Paulo Henrique Motta disse...

que tal um mergulho??

ana salek disse...

hey gregorio!
achei vc aqui..
esse eu nao lembro d ter lido no livro..bacana!
beijos

Alexandre Lima disse...

Gregorio, fiquei fã seu lendo a nova cartografia carioca na Piaui. Fiquei inspirado e montei um blog que ninguem lê, mas para mim é o melhor do mundo!
www.novacartografiapaulista.blogspot.com

abraço! sucesso

Antonia disse...

gregório, tem um sósia seu à solta no st inácio. ele é professor substituto de português (também fez letras...). será mera coincidência?

Leinad disse...

Maneirissimo!

Sabina a comlombina disse...

Sincero e divertido.