Erguer antes de tudo, uma parede -
a parede no caso é importantíssima
pois as janelas só existem sobre
paredes, as janelas sobre nada
são também nada e não são sequer vistas.
Em seguida quebrá-la até fazer
um buraco bem grande, não maior
que a parede, pois precisamos vê-lo,
nem menor que seus braços – as janelas
sobre as quais não se pode debruçar
não são janelas, são buracos. Pronto.
Ou quase. Agora basta construir
um mundo do outro lado da parede
e observá-lo, através: emoldurado.
7 comentários:
Gosto da idéia de vc fazer a janela antes e o mundo depois, pq aí vc escolhe o que quer dentro do enquadramento.
Mas esse é o comentário mais idiota de todos pq é exatamente isso que vc quis dizer.
To com sono. E sóbria, Depois de uma cacofonia devassa sem fim.
Logo, a culpa não é minha
:)
Beijos!
Isso me lembrou a parte do "Janela da Alma" que o Win Wenders fala de como ele se sente estranho sem os óculos. Porque ele foi acostumado a ver o mundo emoldurado pelas lentes, aí quando tira os óculos fica perdido, sempre acha que está vendo demais, sente falta do enquadramento...
Beijos!
inspirador.
eu com os retratos e vc com as receitas! lembrei daquela sobre como fazer um dálmata ou uma vaca.
isso aí tá muito bom!
Janelas... é sempre bom escrever sobre janelas, eu particularmente, escrevi(o) inúmeros poemas incluído "janelas" no meio. Janelas, sempre vejo como algo novo, como algo que você se apoiará nos cutuvelos e poderá olhar afora, tudo o que está ali pra ser descoberto. Gostei do poema.
hehehehe, Companhia de Engenharia e Tráfego: CET. Briagada pela visita. Seu texto é muito bom.
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