quando não há mais qualquer coisa após
o que vivemos juntos, a não ser
o fim, com a tragédia de sabermos
o fim, e a certeza da dor, atroz
quando você e eu não é mais nós
quando nós já não podem desatar-se
quando chorar-se não é mais catarse
e de berrar já se perdeu a voz
por mais que doa e que nos caia o céu
sobre os olhos abertos e os meus
rasguem-se de dor e feito papel
chovam corpos picados, aos seus,
por amor mesmo, e para ser fiel,
é preciso saber dizer adeus.
25.6.07
21.6.07
erguer
erguer um pé – só – e esperar que este
toque o chão para erguer o outro que
só depois de tocar o chão de novo
deixará o primeiro por sua vez
levantar-se; e além de tudo isso
há a necessidade de mover-se
pra frente – sempre – além do perigo
iminente da queda, que haverá
de ocorrer, fatalmente, sucessivas
vezes e que não pode coincidir
jamais com o deixar de caminhar
mas com o levantar e o calmamente
recomeçar, pé ante pé, até
que já não haja como levantar-se.
toque o chão para erguer o outro que
só depois de tocar o chão de novo
deixará o primeiro por sua vez
levantar-se; e além de tudo isso
há a necessidade de mover-se
pra frente – sempre – além do perigo
iminente da queda, que haverá
de ocorrer, fatalmente, sucessivas
vezes e que não pode coincidir
jamais com o deixar de caminhar
mas com o levantar e o calmamente
recomeçar, pé ante pé, até
que já não haja como levantar-se.
em
2:36 AM
Assinar:
Postagens (Atom)