quando não há mais qualquer coisa após
o que vivemos juntos, a não ser
o fim, com a tragédia de sabermos
o fim, e a certeza da dor, atroz
quando você e eu não é mais nós
quando nós já não podem desatar-se
quando chorar-se não é mais catarse
e de berrar já se perdeu a voz
por mais que doa e que nos caia o céu
sobre os olhos abertos e os meus
rasguem-se de dor e feito papel
chovam corpos picados, aos seus,
por amor mesmo, e para ser fiel,
é preciso saber dizer adeus.
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2 comentários:
Nossa. De tirar o fôlego de tão triste e lindo.
obrigada pelo toque! tinha artigo mesmo, eu é que sou distraída.
que poema triste e muito bonito.
beijo
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