erguer um pé – só – e esperar que este
toque o chão para erguer o outro que
só depois de tocar o chão de novo
deixará o primeiro por sua vez
levantar-se; e além de tudo isso
há a necessidade de mover-se
pra frente – sempre – além do perigo
iminente da queda, que haverá
de ocorrer, fatalmente, sucessivas
vezes e que não pode coincidir
jamais com o deixar de caminhar
mas com o levantar e o calmamente
recomeçar, pé ante pé, até
que já não haja como levantar-se.
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3 comentários:
Tento erguer os dois ao mesmo tempo...
e discretamente
caio de joelhos...
(El início del intercambio)
a lá Cortázar. Gostei.
haxixiano!
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