Sobre construir janelas
Erguer antes de tudo uma parede –
a parede no caso é importantíssima,
pois as janelas só existem sobre
paredes, as janelas sobre nada
são também nada e não são sequer vistas.
Em seguida quebrá-la até fazer
nela um grande buraco, não maior
que a parede, pois precisamos vê-la,
nem menor que seus braços – as janelas
sobre as quais não se pode debruçar
não são janelas, são buracos. Pronto.
Ou quase: agora basta construir
um mundo do outro lado da parede,
para que possas vê-lo, emoldurado.
27.12.07
em
1:59 PM
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7 comentários:
adoro esse!
amor, vc já tinha publicado esse aqui no blog, não?
É ótimo!
Gosto bastante deste seu soneto, aliás eu já te falei isto pessoalmente algumas tantas vezes.
Só me responde uma coisa pq a imagem "de quinta" em cima do poema?!
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Fala Gregório! Neste mundo virtuosi dos brogue!
Abração!
deu saudade!
bjssssssss
ué, apagou??
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